quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Mercado Fotográfico: foco e diferenciais vencedores



Se você faz parte deste “todo mundo”, aviso que esta coluna vai ser uma decepção. Como estamos entrando num novo ano, pós carnaval, me julguei  obrigado a abordar um tema realmente relevante. Pensei em ser criativo. Pensei em ser engraçado. Pensei em ser moderno. Mas optei por tentar ser efetivo. E focado. Estamos cansados de saber que não dá para ser bom em tudo. Nossas mães nos ensinaram isso quando ganhamos o campeonato no esporte A, mas ficamos desesperados pela derrota no esporte B. Parece conversa para boi dormi, mas são sábias palavras.
Na vida profissional, continuamos querendo ser bons em tudo e esperando que nossos funcionários também sejam. Nas boas empresas, em que as pessoas recebem feedback, a avaliação começa com uns poucos pontos fortes, seguidos de um sonoro. MAS e, a sequência, uma enxurrada de “oportunidades de melhoria”. Nossas empresas avaliam as pessoas pelo que elas não fazem direito, gastam tempo mostrando por onde melhorar…E muitas vezes se esquecem (ou pelo menos não enfatizam) dos pontos fortes. As próprias entidades corporativas padecem desse mal. Companhia A faz produto excepcional. MAS é muito caro- deveria barateá-lo. Negócio B tem um serviço muito rápido, MAS a durabilidade deixa a desejar – precisa melhorar. Queremos a combinação perfeita (e talvez inviável) – qualidade insuperável, velocidade máxima e custo mínimo. Vamos continuar querendo…Essa situação não é diferente em nosso ramo. Precisamos ser excelentes em tudo, atuar em várias frentes, buscar competitividade sempre que ameaçados, mas…Efetivos são aqueles que conseguem escolher seu posicionamento de maneira forte e consistente. Esses, que não se desviam com qualquer distração, sabem deixar passar possíveis desvios de rota. Aqueles que tentam agarrar tudo geralmente não conseguem segurar nada. Melhor um pássaro na mão que dois voando. Neste final de fevereiro, proponho uma reflexão, para nossas vidas profissionais e para as de nossas empresas. Lembrando-nos do que aprendemos de nossas mães e pais, devemos melhorar nossos pontos fracos ou buscar excelência naquilo que já fazemos bem?
Em busca da excelência – Na minha modesta opinião, a pior decisão consistiria em procurar fazer as duas coisas. Mas, indo um passo além, peço que considerem seriamente optar pela excelência em uma área específica, em detrimento do aprimoramento em funções mal executadas. Não estou propondo ignorar completamente nossas deficiências. Mas, se gastarmos todo nosso tempo e esforço corrigindo coisas que não fazemos muito bem, no melhor dos casos chegaremos a um nível regular… E não teremos desenvolvido mais ainda nossos pontos fortes. Nesse cenário, de onde virá nosso diferencial competitivo, profissional e empresarial?
Fotógrafo e fabricante podem optar por focar seus esforços em inovação tecnológica, custos baixos, qualidade incomparável, rapidez de atendimento, nichos de mercado, abrangência geográfica, entre outros.
Fotógrafos podem focar um determinado alvo, um estilo de captura de imagens, um determinado processo de tratamento, uma técnica de diagramação, determinados tipos de saída. Somos tão bons em ajustar o foco de nossas câmeras, por que não caprichar no foco profissional?
Que sejamos lembrados por nossos diferenciais, o mais longe possível do refrão de uma música excelente, do primeiro álbum do Kid Abelha: “Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal” ).

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